domingo, 6 de novembro de 2016

Análise da obra Pietà



Pietà representa a figura isolada da Virgem Maria, que tem nos braços o corpo de Cristo, logo após a retirada da cruz. Possui um incrível planejamento de vestes, com um efeito translúcido, causado pelo efeito da sombra sob a figura.
Uma Pietà (italiano para Piedade) é um tema da arte cristã em que é representada a Virgem Maria com o corpo morto de Jesus nos braços, após a crucificação. Associa-se assim às invocações de Nossa Senhora da Piedade e Nossa Senhora das Dores.
O que chama mais a atenção na obra é a fisionomia extremamente jovem e calma da Virgem Maria. Possivelmente a mulher representa toda a humanidade, e Michelangelo talvez tenha se inspirado no trecho da “DiPivina Comédia”, de Dante Alighieri, no trecho do Paraíso, XXXIII, I-2: “Virgem Mãe, filha do teu filho” (ALIGHIERI, 2004, p. 518). Na figura do Cristo, não se observa uma representação da morte, No dia 21 de maio de 1972, um geólogo com distúrbios mentais atacou a obra Pietá, de Michelangelo, no Vaticano, em Roma, na Itália, enquanto gritava “Eu sou Jesus Cristo.
 A escultura de Michelangelo é uma das mais famosas obras de arte do mundo. A obra retrata a Virgem Maria de luto após a morte do seu filho Jesus. Ela foi esculpida no final da década de 1490 quando Michelangelo tinha pouco mais de 20 anos de idade. O realismo da obra convida os espectadores a se unirem à tristeza e ao luto de Maria.
Esta é a única peça assinada por Michelangelo. No dia do ataque, o húngaro-australiano Laszlo Toth, de 33 anos, deu 15 golpes na estátua com uma marreta, danificando o nariz, uma das pálpebras e arrancado o cotovelo de um braço. Alguns dos espetadores presentes aproveitaram a ocasião para levar os pedaços da estátua, o que depois tornou mais complicado o processo de reparação da obra. Toth nunca foi penalizado pelo crime e no dia 29 de janeiro de 1973 ele estava internado em um hospital psiquiátrico na Itália. Tempos depois, ele foi deportado para a Austrália. Atualmente, a Pietá está protegida por vidros à prova de bala, mas sim a fisionomia de um homem abandonado, mas sereno.

Anna Beatriz de Morais Lôbo

Um comentário: